A colelitíase é a presença de cálculos (pedras) dentro da vesícula biliar (um pequeno órgão semelhante a um saco localizado próximo ao fígado, com 7 cm a 10 cm de comprimento). A vesícula biliar armazena a bile produzida pelo fígado.
A bile tem a função essencial de digerir as gorduras e auxiliar na absorção de nutrientes como as vitaminas A, D, E e K. É constituído por água, colesterol, sais biliares, bilirrubina e lecitina. Em equilíbrio, essas substâncias mantêm a bile líquida.
Quando o fígado produz excesso de colesterol, sais biliares ou bilirrubina, o precipitado forma pequenas partículas. Essas partículas desencadeiam a formação de cálculos biliares. A formação dessas pedras está mais relacionada a fatores metabólicos, genéticos e orgânicos do que à ingestão alimentar, portanto, a alimentação interfere pouco nesse processo. Existem dois tipos de cálculos na vesícula biliar, cálculos de colesterol ou de sais biliares; eles podem ser únicos ou múltiplos, variando de pequenas partículas a grandes cálculos.
Os principais fatores de risco são:
• Anemia hemolítica crônica.
• Perda de peso significativa: Aumento da perda de colesterol na bile.
• Grávida.
• Idade avançada.
• Mulheres em idade fértil, especialmente aquelas na faixa dos 40 anos.
• Mulheres que tiveram gestações múltiplas.
• Obesidade.
• Pacientes submetidos à cirurgia gástrica
• Um estilo de vida sedentário.
• Use contraceptivos orais.
• Úlcera duodenal
• Use uma dieta parenteral.
Os pacientes são muitas vezes assintomáticos ou mesmo inconscientes da condição. Outras vezes, encontram essas pedras enquanto investigam outras patologias.O sintoma inicial é a cólica biliar, que se caracteriza por dor intensa e persistente localizada acima da
topografia da vesícula biliar ou umbigo e irradiando para a escápula direita. Geralmente, essa dor ocorre depois de comer alimentos ricos em gordura.
Para aqueles que têm sintomas, geralmente ocorre o seguinte:
• intolerância a comer alimentos ricos em gordura
• Dor no quadrante superior e médio ou superior direito do abdome.
• Mal-estar
• náusea.
• Vômitos (com dor abdominal).
Cólica biliar: Quando uma das pedras fica presa na saída da vesícula biliar, bloqueando o fluxo da bile, causando inchaço intenso e esforços para expelir a pedra. O resultado é uma dor de cólica.
Colecistite aguda: pedras presas na saída da vesícula biliar por muito tempo, inflamação aguda da vesícula biliar, dor intensa e persistente, muitas vezes acompanhada de febre.
Cálculos do ducto biliar comum: são o resultado de cálculos que migram da vesícula biliar para o ducto biliar comum, principal passagem responsável por transportar a bile do fígado para o intestino e bloqueá-lo. Nesses casos, os pacientes desenvolvem icterícia (amarelecimento da pele e da parte branca dos olhos) porque a bile não consegue atingir os intestinos e se acumula no fígado e no sangue.
Colangite: Uma infecção bacteriana do ducto biliar após um bloqueio, pois a bile parada facilita a proliferação de bactérias.
Pancreatite biliar: é a inflamação do pâncreas. O canal que transporta a bile da vesícula biliar para os intestinos entra no pâncreas e se junta ao canal principal que drena o suco pancreático. Quando as pedras bloqueiam esses ductos, o suco pancreático é retido e, eventualmente, ataca o próprio pâncreas.
A ultrassonografia abdominal é o exame de escolha para a detecção de cálculos biliares, com sensibilidade e especificidade de 95%. O lodo biliar também pode ser detectado. A tomografia computadorizada (TC), a ressonância magnética (RM) e a colecistografia oral (não disponíveis atualmente, embora altamente precisas) são alternativas.
A ultrassonografia endoscópica é particularmente útil na detecção de cálculos menores que 3 mm e pode ser necessária quando outros exames não podem confirmar o diagnóstico. Os exames laboratoriais geralmente não são úteis no diagnóstico.
Vários fatores devem ser considerados no tratamento de cálculos biliares, principalmente os sintomas do paciente. Os cálculos sintomáticos são uma indicação para o tratamento cirúrgico.
No cálculo assintomático, todas as variáveis envolvidas no caso são analisadas para que uma decisão sobre a cirurgia possa ser tomada.
A cirurgia laparoscópica traz mais liberdade quanto às indicações cirúrgicas, pois o risco de complicações é menor do que o risco de complicações da doença (colecistite, pancreatite, colangite, etc.).
Em geral, pacientes com história familiar de câncer, distúrbios sanguíneos, cálculos maiores que 1 cm e cálculos e pólipos coexistentes devem ser operados por cirurgia convencional, laparoscópica ou robótica.
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