As mudanças tecnológicas continuam a impactar a medicina, e a cirurgia robótica é um bom exemplo. Essa abordagem, menos invasiva e com potencial de recuperação mais rápida, está sendo desenvolvida no Brasil, e o hospital israelense Albert Einstein é um de seus pioneiros.
O procedimento acontece no país há quase 15 anos. Desde então, são realizados procedimentos nas áreas de urologia, ginecologia, geral e digestiva, colorretal, torácica, cabeça e pescoço, cardíaca, pediátrica e oncológica, beneficiando milhares de pacientes.
Agora, graças à tecnologia 5G, a revolução digital tende a melhorar ainda mais as operações. A tendência da cirurgia robótica é expandir e até mesmo realizar remotamente, desde que superados os desafios desses avanços.
A cirurgia robótica é um tipo de cirurgia assistida por robô. É uma técnica minimamente invasiva, todas as manipulações são realizadas por um cirurgião e são realizadas por um robô, com controle de movimento por um joystick.
Mesmo entre plataformas de fabricantes diferentes, o denominador comum é o carro próximo ao paciente, onde a câmera e o braço robótico são acoplados, permitindo a manipulação por meio de incisões cada vez menores. O console do cirurgião, o profissional controla o braço, a câmera e todos os instrumentos através de uma visão 3D de alta definição, todos os seus movimentos são filtrados para evitar tremores.
Atualmente, é a técnica cirúrgica minimamente invasiva mais avançada. Funciona para algumas condições que requerem cirurgia – assim como qualquer outro tipo de cirurgia – mas os profissionais médicos precisam ter qualificações específicas para realizar a cirurgia robótica. Isso inclui cirurgia para tratar câncer, como câncer de ovário, endométrio ou colo do útero. Tudo sem a necessidade de uma grande incisão, como aconteceria com uma abordagem aberta.
A cirurgia assistida por robô não é o primeiro procedimento minimamente invasivo a surgir na medicina. Tudo começa com a cirurgia laparoscópica, que requer apenas uma pequena incisão no abdômen do paciente. Tanto que a palavra vem do grego laparos, que significa abdômen. Nesta técnica, o cirurgião utiliza um instrumento com haste reta e uma câmera para realizar o procedimento. Portanto, é possível mover-se para cima e para baixo para realizar esta operação à beira do leito.
Na cirurgia robótica, a situação é semelhante. Tudo começa com pequenos cortes. A diferença é a plataforma robótica, que coloca os instrumentos à beira do leito em vez do cirurgião. O profissional se senta em frente ao console e direciona o robô do console, que transmite os movimentos para a pinça.
Além disso, o instrumento pode ser movido em todas as direções. Com isso, há mais liberdade de manipulação e maior precisão nos programas mais complexos. Outro recurso é a visão tridimensional (3D) da câmera, que proporciona aos médicos uma melhor visão e percepção do espaço.
Ainda é importante notar que o cirurgião controla todos os movimentos do console. Assim, independentemente da inteligência artificial, o robô não agirá sozinho. As plataformas robóticas são semelhantes aos assistentes estacionários. O cirurgião segura o instrumento, e a comunicação do movimento é realizada através deste meio técnico.
O processo de realização da cirurgia robótica é mais preciso devido a todos os equipamentos e instrumentos disponíveis. As câmeras 3D garantem visão com maior profundidade e clareza. Ao mesmo tempo, o joystick (console) permite um controle preciso sobre a ação a ser executada.
Por sua vez, o braço do robô traz estabilidade à mão do profissional. Com isso, possíveis tremores não afetam mais o trabalho que está sendo feito. Do ponto de vista do paciente, a cirurgia robótica permite procedimentos mais precisos com melhor acesso e visualização das estruturas cirúrgicas, reduzindo assim o risco de complicações perioperatórias .
Além disso, por ser um procedimento minimamente invasivo, é realizado com incisões menores, proporcionando uma recuperação mais rápida mesmo em procedimentos maiores”, acrescentou o especialista. A seguir, explicamos com mais profundidade as vantagens e diferenças dessa prática técnica.
Os pacientes são os maiores beneficiários da cirurgia assistida por robótica. A cirurgia minimamente invasiva reduz a dor e o desconforto pós-operatório. Confira as principais vantagens para as pessoas que fazem esse tipo de cirurgia.
A cirurgia robótica faz pequenas incisões para reduzir a dor. Além disso, devido à precisão e qualidade do método, há menor risco de sangramento e, como em muitos procedimentos minimamente invasivos, menor índice de infecção. O trauma cirúrgico é reduzido e, portanto, os pacientes se recuperam mais rapidamente. Vale lembrar que incisões menores também podem reduzir aderências e formação de tecido cicatricial. Isso é importante para a qualidade de vida do paciente, pois essas complicações podem gerar dor e outros desconfortos. Reduza o tempo de internação e recuperação.
Os pacientes têm a oportunidade de ser hospitalizados por um curto período de tempo. Dependendo da complexidade do procedimento, você pode receber alta no mesmo dia. Dito isso, você pode retomar suas atividades diárias muito mais rapidamente. Para se ter uma ideia, em alguns programas, a recuperação é 50% mais rápida que o método aberto.
Incisões menores beneficiam a estética do paciente no pós-operatório. A cicatriz não é uma incisão grande, mas é quase imperceptível.
Os benefícios listados até agora sugerem que a cirurgia robótica é bastante segura, mas há outros detalhes pertinentes. A plataforma utilizada contém componentes projetados para reduzir o risco das operações realizadas.
Além disso, ajuda a filtrar quaisquer movimentos indesejados do cirurgião, incluindo tremores. Tanto que se o médico retirar o rosto da tela de controle, o próprio robô aciona um dispositivo de segurança para travar o aparelho. Portanto, o paciente está seguro e não será prejudicado nessa situação. Outra característica importante é que apenas cirurgiões certificados e com formação específica podem realizar cirurgias robóticas. Com isso, são necessárias várias etapas de treinamento, como trabalhar com simuladores e acompanhar monitores (profissionais mais experientes) em dezenas de procedimentos. Isso aumenta a segurança do paciente, que sabe que estará nas mãos de um médico verdadeiramente competente.
Esses benefícios também se estendem aos profissionais de saúde, de acordo com o Dr. Nome “Para a equipe médica, a robótica proporciona melhor ergonomia ao cirurgião, pois ele opera sentado com os braços apoiados, otimizando seu desempenho, principalmente durante procedimentos longos e trabalhosos”, detalhou o especialista, acrescentando: “Melhora a movimentação do o instrumento porque a pinça de articulação do robô (Endowrist) tem uma amplitude de movimento maior do que o pulso humano, o que facilita procedimentos como dissecção e tempo de sutura.
A estabilidade e clareza das imagens também merecem destaque: “O cirurgião possui visão 3D de alta qualidade com imagem estabilizada e orientação da câmera controlada por ele, proporcionando um melhor ambiente para o sítio cirúrgico, identificando e interagindo com as estruturas. Finalmente, o cirurgião no console trabalha com ótica e três braços de trabalho, o que muitas vezes elimina a necessidade de um cirurgião assistente adicional no campo cirúrgico.”
A cirurgia robótica é de alta tecnologia. Portanto, é mais preciso do que a cirurgia convencional e laparoscópica. Um dos principais motivos é a amplitude do campo de visão, pois a plataforma pode aumentar a imagem 3D do campo cirúrgico. O cirurgião utiliza um monitor de alta definição, que garante uma visualização tridimensional do órgão cirúrgico. Além disso, é possível uma ampliação de até 15x. Além da plataforma, o robô possui quatro braços articulados. Dois deles atuam como as mãos esquerda e direita do cirurgião. A terceira representa a mão do médico assistente. Todos eles têm fórceps anexados para realizar manipulações do paciente. Há também movimento de 360°. Isso garante acesso a áreas anguladas e estreitas com alta precisão, facilitando o trabalho do cirurgião, mesmo com movimentos difíceis de realizar com a mão humana.
Quem pensa que a cirurgia robótica é possível em alguns casos está errado. Na verdade, é adequado para tratar diferentes tipos de doenças. “A cirurgia robótica tem uma ampla gama de atividades em urologia, ginecologia, cirurgia geral, aparelho digestivo, cirurgia colorretal, cirurgia torácica, cirurgia de cabeça e pescoço, cirurgia oncológica e cirurgia pediátrica, especialmente para aqueles procedimentos cirúrgicos de alta complexidade”, revelou o especialista. Ele acrescentou que o maior volume de cirurgia robótica está atualmente na área de urologia, que trata câncer de próstata e rim, mas outras áreas também estão tendo maior crescimento, como:
Essas vantagens se aplicam a qualquer área e são tão importantes que a tecnologia está se expandindo, principalmente graças à internet. Também em 2001, um cirurgião de Nova York, EUA, operou um homem em Estrasburgo, França. A primeira cirurgia remota do mundo é chamada de “cirurgia de Lindberg”. Naquela época, a vesícula biliar foi removida. Com a implementação do 5G, a tendência é aumentar essas possibilidades.
Em grande parte porque a conexão será superior a 1 Gb com menos de 10ms de latência. Ou seja, o tempo de resposta da ação do cirurgião à ação do robô será inferior a 10 milissegundos, o que aumenta a segurança do paciente.
Essa situação abre múltiplas possibilidades para nanotecnologia, inteligência artificial e feedback háptico (em oposição ao toque), permitindo que os cirurgiões sintam a textura e a resistência dos materiais mesmo à distância.
Mesmo assim, os profissionais devem ser capacitados, por isso é necessário estabelecer uma instituição hospitalar de reconhecida qualidade. Não só isso, mas ele tem uma vasta experiência e é um dos pioneiros da cirurgia robótica assistida. Desta forma, serão obtidos os melhores resultados possíveis.
De acordo com o Dr. Nam, a principal necessidade da cirurgia robótica é a capacitação da equipe de enfermagem. “Desde cirurgiões e anestesiologistas a técnicos de enfermagem em sala, cada equipe envolvida na realização de um procedimento exige treinamento específico utilizando a plataforma robótica para garantir o sucesso e maior segurança do paciente. No Einstein, participe do processo
Toda a equipe da empresa está focada exclusivamente em robótica para aumentar a segurança e a eficiência do uso da ferramenta”, explica o especialista. Em relação aos pacientes, Dr. Nam enfatiza: “Enfermagem é o mesmo que cirurgia minimamente invasiva”. Para uma melhor compreensão, podemos ver um exemplo de uma prostatectomia (remoção da próstata) feita por cirurgia robótica: Imediatamente após a cirurgia, o paciente entra na sala de recuperação pós-anestésica.
Normalmente, é monitorado por duas a três horas e monitorado pela equipe. Depois disso, você será levado para o seu quarto. No caso dessa cirurgia, o paciente utiliza um tubo uretral para coletar a urina em uma bolsa e, em alguns casos, ainda é implantado um pequeno tubo de drenagem para coletar as secreções. Quanto às incisões, elas são fechadas com suturas e fios absorvíveis. Portanto, eles não precisam ser removidos. Portanto, nas primeiras horas, o paciente fica em repouso, preferencialmente deitado. Botas de massagem pneumática ainda podem ser colocadas para prevenir a trombose venosa.
Geralmente são inseridos antes da cirurgia e permanecem nos primeiros momentos após a cirurgia. Após algumas horas, ofereça a primeira dieta, que pode ser de consistência líquida. O acesso intravenoso foi mantido com soro fisiológico para hidratação e administração de analgésicos e antibióticos. Depois de um tempo, o paciente é encorajado a se levantar e andar. Essa prática é chamada de caminhada precoce.
Uma razão é que os pacientes se recuperam rapidamente. No dia seguinte à cirurgia, se o paciente estiver bem, o dreno é removido e liberado. As sondas ainda podem ser retidas por até dez dias. Por isso, a primeira semana em casa exige uma alimentação leve e caminhadas diárias para evitar problemas após a cirurgia. Com a sonda retirada, o paciente é orientado a tomar medicação para garantir a circulação ativa no corpo cavernoso e acelerar a recuperação da ereção.
Neste momento, ainda use uma almofada que contenha a possibilidade de vazamento de urina.
Os exercícios do assoalho pélvico ainda são orientados para o controle desse vazamento. Todas essas etapas tendem a variar porque dependem do paciente. No entanto, devido à precisão garantida, a cirurgia robótica tem muito menos probabilidade de dar errado
Segundo especialistas, as atuais contraindicações à cirurgia robótica são principalmente para profissionais que não receberam treinamento adequado. “Para procedimentos de baixa complexidade onde não há benefício em usar a plataforma”, elabora.
Desde o início, o sistema robótico do Sistema Cirúrgico da Vinci é o mais amplamente utilizado. Nele, o cirurgião realiza os mesmos movimentos da cirurgia tradicional em um console, e o instrumento reproduz os movimentos da mão e do punho de um profissional. A equipe do centro cirúrgico – composta por cirurgiões, auxiliares, anestesiologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e equipe de engenharia clínica – está pronta para intervir caso seja necessário. Ainda vale ressaltar que o Sistema Cirúrgico da Vinci oferece quatro braços robóticos, incluindo uma câmera e uma pinça de 8 mm. Os cirurgiões certificados, por sua vez, são continuamente treinados e seus resultados clínicos são monitorados regular e sistematicamente.
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